quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Projovem Urbano: Ezequiel conquistou emprego dois dias depois de começar as aulas



“Eu aprendi a costurar em dois dias. Não foi tão simples, mas se nos dedicarmos e se haver interesse fica mais fácil aprender. Quero crescer dentro da organização e seguir esse caminho, o qual não imaginava ser tão bom. Além de tudo, o Projovem me deu a chance de terminar os estudos, pois eu havia parado na 5ª série.” - Ezequiel Luiz Cruz
Ezequiel Luiz Cruz demonstra de forma exemplar o sucesso de um jovem que resolveu dar uma guinada na vida. O rapaz, aos 21 anos, morador no bairro Vila Maria, trabalha há seis meses na facção têxtil Planalto Confecções, na avenida Brasil, especializada em moda jovem, exclusiva das marcas Deliz (DLZ - Deluxe), Eco Natural, Nowar e Fido Dido, que está passando por uma transição de unidade, depois que recebeu a doação de um terreno no bairro São Francisco e passará de 140 empregos para 450 postos.
Participante do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Urbano), no curso de vestuário, Ezequiel conquistou uma vaga na empresa apenas dois dias depois de ter ingressado às aulas. “Eu estou trabalhando como costureiro e demonstro boa vontade em desempenhar o que me pedirem, além da minha função inicial.”
Anteriormente, Ezequiel atuava como pintor e comemora o giro de 360 graus que sua vida tomou, pois a nova carreira já está fazendo diferença na sua e na vida da família, com quem mora - mãe e mais quatro irmãos.
Com um salário de R$ 870, acrescidos de R$ 100 como incentivo à assiduidade, mais R$ 150 se a célula atingir a meta de produção (cada OP responde por um número determinado de pedidos, que oscila), mais R$ 100 diante do alcance da meta da própria empresa, vale transporte com desconto de 6% em folha de pagamento, direito ao uso de refeitório e pagamento de hora extra se trabalhar aos sábados.
“Eu aprendi a costurar em dois dias. Não foi tão simples, mas se nos dedicarmos e se haver interesse fica mais fácil aprender. Quero crescer dentro da organização e seguir esse caminho, o qual não imaginava ser tão bom. Além de tudo, o Projovem me deu a chance de terminar os estudos, pois eu havia parado na 5ª série”, revela o rapaz.
Rapidez em pouco tempo
Jozeana Fidelis de Maciel, aos 30 anos, aparece como uma das alunas mais habilidosas e ágeis das turmas da professora Elisabeth Chiquetti Wolff. “A minha desenvoltura frente à máquina surpreendeu a mim mesma. Eu nunca tinha sentado numa cadeira para costurar”, se supera a moradora do bairro Gethal, que trabalha como vendedora ambulante de alimentos, junto ao esposo, em altas temporadas no litoral do Estado - janeiro e fevereiro.
“Eu fiz um teste na Talismar Lingerie no começo do mês e passei. Começo a trabalhar no dia 15 de janeiro. Está tudo pronto. Estou ansiosa! Quero muito trabalhar com carteira assinada pela estabilidade e por poder investir nessa profissão mais lá na frente. Lages está abrindo cada vez mais vagas de trabalho nesse segmento”, analisa a futura costureira, mãe de um menino de nove anos. “Quero ser uma costureira de mão cheia e, quem sabe, abrir a minha própria empresa”, pensa Jozeana, incentivadora da irmã, que está atuando como costureira em Blumenau.
“Viu como é a vida? Eu dei forças para a minha irmã para ser costureira e agora eu é quem estou entrando no ramo. Já é um dom de família, pois minha cunhada está se qualificando no Serviço Social da Indústria (Sesi). O Projovem é ‘dez’, pois me deu uma profissão e uma vontade indescritível de vencer na vida”, empolga-se, ao lembrar, ainda, que será certificada depois de anos longe da sala de aula, já que seus estudos haviam estacionado na 5ª série.
Cerca de 30 alunos compõem as turmas de costura do Projovem Urbano, com aulas práticas na sede da Associação de Assistência Social, Trabalho e Cidadania (Samt). “A maioria dos alunos já trabalha em ramos diversos, mas oito estão atuando diretamente em facções têxteis. Temos alunos muito bons e verdadeiramente engajados em alavancar suas vidas através do trabalho”, conclui a professora.
Legenda fotos: Jovens haviam cursado somente até a 5ª série e puderam concluir o ensino fundamental, além de qualificar-se.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Zé Rabelo



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