quarta-feira, 3 de julho de 2013

A leitura na composição do trabalho científico

A leitura capacita o emissor a desenvolver sua performance linguística de forma plausível
A leitura capacita o emissor a desenvolver sua performance linguística de forma plausível
Tendo em vista que o conhecimento se concebe como algo que não se mensura, uma das formas de ampliá-lo é desenvolver constantemente o hábito da leitura. Além de ampliar nosso conhecimento de mundo, a leitura nos torna mais cultos e ajuda a desenvolver nosso poder de argumentação, ao mesmo tempo em que melhora nossa performance lexical.
O ato de ler não se resume à mera decodificação de símbolos. Tal atividade, antes de tudo, evidencia-se como muito mais complexa, revelada pela efetiva interação ocorrida entre o leitor e o texto, de modo que ele assimile, absorva, todas as informações contidas no texto. Partindo dessa prerrogativa, vale mencionar os níveis de leitura, alcançados mediante o aperfeiçoamento da leitura por meio da prática, da familiaridade com os diversos gêneros discursivos e, principalmente, com a maturidade adquirida frente a todo esse processo.
Essa competência, uma vez materializada de forma plena, permite que o leitor esteja apto a interpretar desde o mais simples discurso até o mais elaborado, tais como o discurso filosófico, científico, entre outros. Isso decorre em virtude do alto nível de compreensibilidade dos vários campos do saber, bem como da capacidade em recorrer a meios que lhe prestem informações imprescindíveis a uma plausível interlocução, de modo a fazer inferências, relacionar dados, identificar o diálogo estabelecido entre um texto e outro, entre outras aptidões.
Uma vez elencados tais pressupostos, torna-se relevante mencionar acerca da importância de outros fatores, também associados à atividade em questão – retratados pela concentração, a disciplina e a reflexão. Uma vez inter-relacionados, dizemos que a concentração se revela como fator preponderante, já que não há assimilação das ideias se não houver concentração por parte do leitor. Nesse ínterim, temos o que denominamos de ruído, visto não somente como algo relativo à sonoridade, mas referente a qualquer obstáculo que possa servir de empecilho para a decodificação da mensagem transmitida – até mesmo a falta de clareza expressa pela linguagem representa tal fator.
Passamos adiante, fazendo referência à disciplina, visto que sem ela provavelmente os objetivos não serão alcançados. Nesse sentido, ressalta-se a importância de um local adequado para a realização da leitura, bem como do estabelecimento de um horário para tal realização.
Chegamos enfim a um dos pontos essenciais da leitura – a reflexão –, pois é por meio dela que o objeto de conhecimento irá fazer algum sentido para o leitor. No entanto, muitas vezes, algumas intempéries tendem a se manifestar de forma negativa, funcionando como verdadeiras barreiras. Sendo assim, caso o leitor encontre alguma dificuldade em assimilar o conteúdo de forma global, torna-se interessante recorrer a alguns recursos, tais como a divisão dos parágrafos, fazendo assim um esquema-síntese das ideias neles abordadas, grifando as partes mais relevantes, estabelecendo relações com os capítulos anteriores (uma vez que pode se tratar de uma sequência), enfim, cabe a cada leitor optar pela técnica que lhe proporcionará uma expressiva interação com tal discurso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Professor do Sistema Municipal de Educação participará de curso no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares

  Professor da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Fausta Rath, Filipe Borges Barbosa foi o único catarinense selecionado para partic...