segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Aedes aegypti Vigilantes vistoriam armadilhas e pontos estratégicos contra a dengue



As larvas de mosquitos coletadas são encaminhadas ao laboratório, no Centro de Controle de Zoonoses, no Tributo







Semanalmente, os 11 vigilantes e um supervisor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vistoriam 613 armadilhas espalhadas por diversas partes da cidade. O objetivo é a detecção de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Há outros 250 pontos estratégicos (floriculturas, borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios) fiscalizados a cada 15 dias. Entre os locais visitados na manhã desta segunda-feira (24) estão uma borracharia e um posto de combustíveis, no Coral.
O gerente da Borracharia e Transportes Prada, na esquina entre a avenida Dom Pedro II e a rua Ministro Pedro de Toledo, Antonio Valente, recepcionou os vigilantes da dengue. Foram inspecionados o tanque de água e pneus. No tanque não há problemas porque a água está sempre sendo movimentada. “Nós procuramos cumprir a nossa parte. Descartamos pneus toda semana. São levados para a região metropolitana de Curitiba (PR) para serem utilizados na indústria de energia (combustível). Nós pagamos para a empresa fazer o recolhimento. Outros pneus, velhos, são furados para evitar o acúmulo de água”, revela.
Na borracharia nunca foi encontrado foco ligado à dengue. No Autoposto Ouro Preto, a gerente Juliana Montemezzo também recebeu os vigilantes. “O trabalho é bom tanto para os funcionários quanto aos clientes. É prevenção. O monitoramento existe aqui há mais de um ano”, destaca.
As larvas de mosquitos coletadas são encaminhadas ao laboratório, situado no próprio Centro de Controle, no Tributo, onde se realiza a identificação e, caso seja positiva para o vetor, é feita a Delimitação de Foco no território em questão em 300 metros, área de voo do mosquito. Entre 2009 e 2014 foram identificados 12 focos em Lages, sendo este ano o terceiro consecutivo com a constatação.
O coordenador do CCZ, Bruno Hartmann, reitera que as famílias devem esgotar a água parada em potes ou copos, colocar areia nos vasos de plantas, eliminando qualquer foco de água ociosa. “Os moradores de Lages têm compreendido a mensagem”, avalia. Quanto as caixas de água, a recomendação é de que estejam sempre tampadas, impossibilitando o acesso do mosquito, e que sejam limpadas uma vez por ano.

Recorrência
O coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, Marcio Rodrigues da Silva, relembra que desde 2009 praticamente todos os anos houve registro de focos, menos em 2010. A recorrência preocupa. “Uma série de fatores contribui para a maior frequência: podemos falar em calor, aumento do fluxo de pessoas etc.”, diz. Em relação à transmissão, Marcio comenta que é remota a possibilidade de uma pessoa contrair dengue no território de Lages ou até no Estado, pois não há transmissão autóctone (contaminação dentro do território onde reside).
Houve casos em Lages, mas são transmissões vindas de fora do nosso município, segundo ele. “O vírus raramente é encontrado, somente o vetor. Se nos últimos 15 dias a pessoa viajou para algum local onde há presença do mosquito, deve relatar o assunto para o médico de sua Unidade de Saúde”, finaliza.


Legenda: As famílias devem esgotar a água parada em potes ou copos, colocar areia nos vasos de plantas, eliminando qualquer foco de água ociosa (Foto: Nilton Wolff)

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