Orgulho Lageano ❤ - Acostumada com o pódio, Adriane abrilhantará os Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina pela sexta vez com sua participação na primeira edição da história em Lages
“(...) Ter uma deficiência é apenas um detalhe. Isto serve para qualquer pessoa, que, por algum motivo, em algum quesito, se limita. A partir do momento que queremos algo e trabalhamos para isto, a única pessoa que pode nos parar somos nós mesmos, ninguém mais, pois nossa mente tem poder para nos parar ou nos levar longe, tudo vai depender das nossas ações. Hoje sou mãe e esposa, tudo é diferente, meus objetivos agora incluem não só a mim, mas a minha família! Quero me superar sempre, por mim e por eles (...)” - Adriane Küster
Aos 25 anos ela está vivendo a experiência mais mágica, alucinante e fantástica de sua vida, a de ser mãe. Sua preciosidade tem apenas três meses, e bem antes de chegar a este mundo já dominava a vida do papai e da mamãe. Todavia, agora, sua presença enche a casa de alegria. Seu rostinho feliz, suas mãozinhas, sorrisos, choros, expressões de carinho, brincadeiras, aprendizados e descobertas constantes reenergizam toda a casa. Esta é a outra face da atleta Adriane, uma das potências que irão competir na primeira edição da história dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), a ser realizada em Lages em 2025, pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), do Governo do Estado. A 18ª edição, de 16 a 21 de setembro. Esta será a sua sexta participação em Parajasc, desta vez sem precisar viajar, bem pertinho de casa.
Paratleta das modalidades arremesso de peso e lançamento de disco e dardo, pertencente à classe F13 [para atletas com deficiência visual - O seu campo visual tem um raio máximo de 20 graus e/ou têm a capacidade de reconhecer um objeto do tamanho de uma boal de tênis a um máximo de cinco metros].
Adriane Küster, a Adri, ou Drica, entre familiares e amigos mais próximos, a única atleta da família, nasceu em Blumenau, situada no Vale do Itajaí, mas adotou Lages como a cidade para escrever novas páginas do livro de sua jornada, e reside atualmente no bairro Coral.
A canceriana Adriane absorve as peculiaridades do signo - Sensibilidade, intuição e forte ligação com as emoções e o lar. Dedicação, responsabilidade, harmonia. As pessoas do signo de câncer são nascidas entre 21 de junho e 22 de julho, frequentemente descritas como protetoras, acolhedoras e com um grande senso de família e pertencimento.
A paratleta é filha do empreiteiro Adriano e da dona de casa Clenira. Adriane tem seis irmãos - os dois últimos por parte somente de pai. A mais velha se chama Caroline, e trabalha com consultoria financeira. Seu irmão de 18 anos chama-se Lucas, é capataz em uma fazenda. O outro é Luan, ele faz “bicos”, pois ainda estuda, é menor de idade. E os mais novos, por parte de pai, ainda são pequenos, Arthur e Nathalia.
Casada com Gabriel, colorista em uma empresa, e juntos o casal possui uma loja de produtos eletrônicos e itens diversos. A paratleta já trabalhou em casas de família como babá e hoje em dia tem como renda o Benefício da Prestação Continuada (BPC).
Adriane está se aventurando como mãe de primeira viagem e dedica seus dias e noites aos cuidados com a neném Ana Vitória, de três meses. Concilia sua agitada rotina da maternidade às atividades de dona de casa. “Estou dedicando o meu tempo todo a ela”, confessa, mergulhada em felicidade.
Paratleta desde 2020, entre idas e vindas, por motivos pessoais e especialista em atletismo, Adriane se volta à prática de arremesso e lançamento. Dona de mais de 50 medalhas em todo o seu trajeto esportivo até então, a jovem já conquistou medalhas de ouro, prata e bronze em sua carreira. “Porém, sempre me mantive no pódio.”
Assim que descobriu estar grávida, Adriane priorizou a filhinha que estava a caminho e passou a cuidar exclusivamente da sua gravidez. Neste ano de 2025 será a sua retomada já com o maior troféu da sua vida em seus braços, e mais inesquecível ainda por ser na sua cidade amada, Lages. “A princípio, vou retornar a competir nos Parajasc. Neste ano participarei em razão de que a edição será realizada na nossa cidade, todavia, a respeito das próximas edições, ainda não tenho certeza de quando poderei retornar.” A linda bonequinha de olhos azuis está em primeiríssimo lugar nos pensamentos, planos e no futuro de Adriane.
Adriane, conta mais da sua vida para a gente conhecer melhor você e a sua história
“Atualmente tenho 25 anos, sou dona de casa, casada há um ano e tenho uma filha de três meses. Conheci o paradesporto em 2020 através do Augusto, nosso técnico, desde então, enfrentei algumas barreiras para poder permanecer, pois, na época, eu morava com minha mãe, que não aceitou muito bem o fato de que eu teria que viajar por cidades distintas para participar das competições (talvez por insegurança devido a minha deficiência). Por conta disto, saí da casa dela aos 19 anos para morar sozinha. Com isto, lidei com algumas situações, então, vez ou outra, acabei me afastando do esporte, mas logo retornava. Isto já tem cinco anos e, neste tempo, conquistei muitas medalhas, viajei algumas cidades do Brasil, aprendi a conviver com a minha deficiência, sobre a qual eu tinha uma certa dificuldade, mas o esporte e a Asespp [Associação Esportiva e Paradesportiva de Lages], sem dúvidas, me ajudaram muito. Hoje, por ter me tornado mãe, dei uma pausa novamente, agora por um motivo maravilhoso, mas pretendo voltar aos campos, treinar e competir, evoluir e viajar muito.”
Adri, como geralmente é sua concentração pré disputas e especialmente aos Parajasc?
“Muito treino, tanto no campo, com treinos específicos, quanto na academia.”
Seu ritual de competição
“Uma semana pré competição: Treinos mais intensos, preparo mental e físico e, um dia antes, descanso total. No dia: Acordar, tomar café da manhã, deslocar-se ao local onde será a competição, me preparar e preparar os equipamentos e, enfim, foco e concentração para realizar a prova.”
As viagens para competir
“Nossas viagens não são realizadas somente para competirmos, também nos divertimos bastante nos dias livres, é muito bom.”
Agenda para 2025 e 2026
“A princípio, participarei só dos Parajasc, não poderei viajar por conta da minha bebê.”
Coo é seu dia a dia?
“No momento, minha rotina tem sido cuidar da minha filha, de mim e da minha casa. Às vezes eu canso, é normal do ser humano, mas não posso dizer que é uma rotina pesada, meu marido me ajuda muito.”
O que a Adriane gosta de fazer, além de ser mãe e atleta?
“Eu amo cantar, amo estar com a minha família, às vezes gosto de passear, mas também gosto de ficar em casa.”
Esta hora é bem legal! Os hobbies da Adriane
São-paulina, Adriane diz não ter ídolos, apenas admira bons cantores.
Uma crença?
“Creio em Deus, que Ele é o Criador do Universo e que Jesus é o único caminho que nos leva a Ele!”
Sua inspiração?
“Luana Rodrigues, cantora gospel.”
Livro favorito?
“A Cruz de Cristo, de Elizeu Rodrigues.”
Filme?
“A Paixão de Cristo.”
Música?
“Ladrão de Memórias, de Luana Rodrigues.”
Um cantor/banda?
“Luana Rodrigues, Lauriete, Eliã Oliveira, entre outros.”
Cor? Roupa? Um perfume?
“Gosto de rosa/preto. De looks de passeio. Perfume: Coffee Woman, de O Boticário.”
Prato predileto
“Arroz, feijão, batata com carne moída e empanado.”
Bebida?
“Suco de laranja natural e café.”
Um fã seu?
“Meu marido e meu irmão.”
Seu prêmio preferido?
“Medalha conquistada no Meeting Brasília, Distrito Federal.”
Adriane nos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc)
O que espera dos Parajasc?
“Ficar em 1º lugar.”
Quais suas expectativas para os Parajasc?
“Por não estar treinando, no momento, espero conquistar, pelo menos, o 2º lugar.”
Quem é você, Adriane?
“Uma mulher que hoje é mãe, mas às vezes parece uma menina, muito carinhosa, amorosa, sensível, um tanto introvertida; me considero forte e batalhadora. Amo minha família e sou muito feliz com tudo o que já construí até aqui.”
O futuro de Adriane -
Qual seu sonho?
“Nunca mais passar por apertos financeiros e evoluir muito como pessoa, como esposa e como mãe.”
Projeto de vida?
“Ser dona do meu próprio negócio.”
Uma meta?
“Ser rica financeira e sentimentalmente.”
Um desejo?
“Chegar longe, seja no esporte ou em qualquer outra área da minha vida.”
Por que é legal ser um Orgulho Lageano?
“Porque assim eu posso mostrar, não só a quem está perto de mim, mas a muitas pessoas, o que uma pessoa, com ou sem deficiência, é capaz de fazer e onde ela é capaz de chegar, pois ter uma deficiência é apenas um detalhe. Isto serve para qualquer pessoa, que, por algum motivo, em algum quesito, se limita. A partir do momento que queremos algo e trabalhamos para isto, a única pessoa que pode nos parar somos nós mesmos, ninguém mais, pois nossa mente tem poder para nos parar ou nos levar longe, tudo vai depender das nossas ações. Hoje sou mãe e esposa, tudo é diferente, meus objetivos agora incluem não só a mim, mas a minha família! Quero me superar sempre, por mim e por eles. Que, com esta matéria, minha história alcance muitos, e, caso alguém se identifique, que sirva de exemplo.”
E seu desejo para Lages?
“Que sejamos uma cidade reconhecida, no sentido bom da palavra, que evoluamos, não só no esporte, mas em todos os quesitos, que nossas tradições sejam priorizadas e que a história da nossa cidade seja mantida na memória daqueles que têm orgulho em ser lageano, que venhamos nos reerguer e que nossos políticos trabalhem muito para que isto aconteça. Contamos com eles.”
Vem para os Parajasc em Lages
Os Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina são destinados a atletas com idade a partir dos 15 anos com deficiências física, auditiva, intelectual ou visual. Tem como propósito promover o paradesporto nas instituições e clubes, bem como fortalecer a inclusão social e resplandecer talentos para o esporte adaptado.
Em circunstância dos Parajasc que Santa Catarina se tornou potência no paradesporto, revelando representantes que foram às paralimpíadas e conquistaram vários resultados nos anos mais recentes. Possuem um contexto histórico no Estado e desde 2005 têm o poder de ser um evento referência no Brasil.
Na edição 2025 serão aproximadamente 60 municípios catarinenses participantes. Em torno de 2.200 paratletas estarão reunidos em Lages, junto com técnicos, árbitros e dirigentes esportivos.
Reunirá milhares de atletas do paradesporto catarinense em 14 modalidades: Atletismo, basquetebol com cadeira de rodas, basquetebol di, bocha paralímpica, bocha raffa, ciclismo, futsal da-di, goalball, handebol com cadeira de rodas, natação, tênis de mesa, xadrez, judô e parataekwondo.
Dois meses depois, entre 18 e 29 de novembro de 2025, em Chapecó, serão realizados, em Chapecó, região Oeste, a 64ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Parajasc e Jasc são desenvolvidos pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), com apoio das prefeituras das cidades-sede.
A Prefeitura de Lages está empenhada na execução de adequações necessárias para receber as delegações nos ambientes das competições dos Parajasc. Os pontos principais serão o Estádio Vidal Ramos Júnior, Ginásios Municipais de Esporte Ivo Silveira e Jones Minosso e escolas de apoio, alojamento ou sedes de disputa. O Governo do Estado de Santa Catarina repassou R$ 1 milhão para a etapa estadual dos Jogos.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação
Outras informações, acesse o site www.lages.sc.gov.br
Coordenadoria de Comunicação Social Prefeitura de Lages
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