segunda-feira, 25 de março de 2019

Lages sedia 1º Seminário Internacional de Justiça Restaurativa



Compõem o Núcleo de Justiça Restaurativa, em Lages, o Ministério Público, Polícia Militar, OAB Mulher, Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami), Grupo Gênero, Educação e Cidadania na América Latina (Gecal) e pelas secretarias de Políticas para a Mulher, Assistência Social e Saúde
O primeiro a falar, durante a abertura do 1º Seminário Internacional de Justiça Restaurativa de Lages, na manhã desta segunda-feira (25 de março) no Teatro Marajoara, o prefeito Antonio Ceron agradeceu e parabenizou os organizadores do evento, dando as boas-vindas aos participantes, grande parte deles vindos de outros municípios de Santa Catarina.
“Com a Justiça Restaurativa é possível chegar a resultados que satisfaçam todas as partes envolvidas em uma questão judicial, seja ela considerada pequena, média ou de grande porte”, disse Ceron.
Segundo o prefeito, a Justiça Restaurativa se constitui na “política da Justiça”, proporcionando o diálogo entre as parte e a economia de etapas judiciais.
O Núcleo da Justiça Restaurativa foi criado em Lages a partir de um curso promovido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, para formar facilitadores (servidores) que atuem nas variadas demandas judiciais, agilizando-se, desta forma, o andamento das ações que dão entrada nos fóruns regionais.
Para a secretária municipal de Políticas para a Mulher, Marli Nacif, que também participa do seminário, tem sido muito importante o trabalho já desenvolvido com a equipe da Justiça Restaurativa, realizado através de rodadas de conversas. “Embora seja trabalho sigiloso, o que desenvolvemos em defesa dos direitos da mulheres que sofrem violência, as conversas e a aproximação com o Núcleo da Justiça Restaurativa é extremamente proveitoso. Com a Justiça Restaurativa, busca-se o entendimento diante de conflitos já instaurados judicialmente ou evitando a judicialização em determinados casos”, fala Marli Nacif.
Através da Justiça Restaurativa, conflitos podem ser resolvidos a partir de conversas entre o ofensor, a vítima e seus familiares, com participação de mediadores (profissionais especializados) e facilitadores (servidores da área da Justiça Restaurativa).
Participam deste seminário autoridades nacionais e internacionais, sendo que experiências da Justiça do Canadá e do Brasil estão sendo compartilhadas. O seminário estará sendo transmitido ao vivo pela internet no endereço ww.imagemtv.com.br.
Atividades
Paulo Moratelli, psicólogo e delegado internacional para o Brasil da Sociedade Científica de Justiça Restaurativa (Espanha), falou pela manhã sobre as práticas essenciais à Justiça Restaurativa, enquanto que à tarde, a partir das 13h30min, mesa redonda tratará dos programas e experiências, com ênfase em casos de violência contra a mulher, com a participação de três autoridades canadenses.
Serão palestrantes do evento, Serge Charbonneau, diretor de Equijustice (Rede de Justiça Restaurativa e Mediação Cidadã) do Quebec e pesquisador do Centro Internacional de Criminologia Comparada da Universidade de Montreal, Catherine Rossi, professora da Universidade Laval no Departamento de Serviço Social e Criminologia, e Marie-ClarieBelleau, professora do Departamento de Direito da Universidade Laval.
A coordenação das palestras ficará a cargo de Theophilos Rifiotis, professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e coordenador do Laboratório de Estudos das Violências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Serge e Catherine continuam no evento à noite para falar sobre Justiça Restaurativa e Juventude no Quebec (Canadá). O trabalho será coordenado pelo juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Lages, Alexandre Takaschima. O magistrado reforça que Lages é a primeira cidade catarinense a ter uma legislação municipal que trata do Programa de Justiça Restaurativa e o assunto vem ganhando cada vez mais espaço. “Queremos popularizar o tema para que a comunidade compreenda sua finalidade e os debates saiam do meio acadêmico e jurídico”.
A proposta do Seminário é do Polo de Justiça Restaurativa de Lages, composto por profissionais de diversos órgãos. O evento conta com o apoio da Prefeitura de Lages, Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Laboratório de Estudos das Violências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Compõem o Núcleo de Justiça Restaurativa, em Lages, o Ministério Público, Polícia Militar, OAB Mulher, Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami), Grupo Gênero, Educação e Cidadania na América Latina (Gecal) e pelas secretarias da Mulher, Assistência Social e Saúde.
Texto: Iran Rosa de Moraes (com informações do Núcleo de Comunicação do TJSC – Comarca de Lages)
Fotos: Marcelo Pakinha

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Professor do Sistema Municipal de Educação participará de curso no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares

  Professor da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Fausta Rath, Filipe Borges Barbosa foi o único catarinense selecionado para partic...