A abertura da exposição Reles Chão, do lageano Sebastião G. Branco, abre nesta quinta-feira (11), às 17h, na Fundação Cultural de Lages (FCL). A mostra permanece no hall até o dia 31 de agosto. Os sete trabalhos que compõe a exposição tratam daquilo que o artista percebeu no caminho entre Lages e o Litoral. As observações feitas no percurso são base para o trabalho que mostra a paisagem e em como ela se modifica, nas divergências, contrastes e aproximações entre serra e mar.
A paisagem rural, as interações humanas, cartografias de encontros e ações artísticas nestes locais sempre foram objetos de pesquisa visual e exploração estética na pintura, fotografia, desenho e gravura como a matriz de pinheiro, cedro, acetato e eucatex impressos em tecidos e papéis. Instalações e páginas de livros apropriadas com intervenções ocupam o espaço em Reles Chão.
Grande parte dos suportes, as matrizes, foi coletada no solo de edificações em obras. As colunas de concreto estruturadas pela madeira perpendiculares ao horizonte revelam formas definidas por fios, veios e fendas que as modelam. “Entendo que a simplicidade e minúcia de alguns trabalhos apresentados perseguem esses instantes de estar na terra em contato com horizontes sem nunca saber ao certo de onde viemos e para onde vamos”, diz Sebastião.
As construções crescem exacerbadamente e aparecem quase que abstraídas em imagem impressa em gravura com tela sobreposta. “A Serra da Boa Vista aparece impressa em tecido de estampa típica do interior ao lado de fundo azul de mar, se olhar bem de perto, se vê a linha de verdade que salta da tela, um detalhe que nos leva a pensar em questões humanas do que é físico e ilusório”, explica a curadora Gabi Bresola.
Sebastião sempre trabalhou com vivências relacionais com a sensibilidade, o humano e processos de criação no espaço rural. Nesta proposta ele mantém esses temas e vai além nas imagens que apresenta. “Não só representa a paisagem, como já foi feito por muitos artistas no passado, mas se coloca nela para sintetizar e ampliar ideias e sensações. Ele tem um olhar demorado e recria o que vê possibilitando configurações visuais de experiências, refletir sobre o que é visto e estabelecer novas relações estéticas e poéticas”, ressalta.
Serviço:
Abertura: 11 de agosto, quinta-feira
Visitação: 11 a 31 de agosto
Fundação Cultural de Lages, rua Benjamin Constant, Centro
Entrada gratuita
Mais informações: facebook.com/ombuarte | FCL: (49) 3224-7425
Ficha técnica:
Trabalhos e montagem: Sebastião G. Branco
Curadoria: Gabi Bresola
Produção: Ombu arte e cultura
Design gráfico: Jefferson Maier
Apoio: Oficina de gravura, da FCC, Fundação Cultural de Lages e OGalerista
Nenhum comentário:
Postar um comentário