quinta-feira, 31 de julho de 2014

Famílias são realocadas de terreno destinado a condomínio no Ferrovia

 
Secretaria de Habitação está construindo residências provisórias de madeira e banheiro de alvenaria, no tamanho padrão de 30 metros quadrados e quatro cômodos, numa área próxima do futuro condomínio
 
O encanamento para fornecimento de água e a parte sanitária estão sendo executados pela Semasa (Foto: Nilton Wolff)
 
Entre três e quatro famílias, de um total de sete, estão em processo de deslocamento de um terreno do bairro Ferrovia, pertencente à União (governo federal), em frente à linha férrea, para outro local, a cerca de 200 metros de distância, onde permanecerão até que sejam construídas cem moradias de alvenaria em um condomínio nos moldes do programa Minha Casa, Minha Vida.
O terreno onde estará o condomínio possui 30 mil metros quadrados. É uma parceria entre município e governo federal. A área territorial para onde estão sendo realocadas as famílias pertence à União, agora cedida ao município que, por meio da Secretaria de Habitação, está construindo residências provisórias de madeira e banheiro de alvenaria, no tamanho padrão de 30 metros quadrados e quatro cômodos, a exemplo das casas populares doadas para famílias economicamente carentes em Lages.
O encanamento para fornecimento de água e a parte sanitária estão sendo executados pela Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa). Para que seja concretizado o acerto, elaborado o projeto e venham a ser construídas as moradias, precisa-se retirar estas que estão em cima do terreno (foi uma área de invasão). Das sete famílias, três ou quatro serão recuadas para as laterais de fora do terreno e o restante deveria ser encaminhado para aluguel social, mas é um processo complexo, segundo a equipe da Habitação.
É que existe dificuldade em encontrar imóveis para locar, também porque as obras do Complexo Ponte Grande absorveram grande parte dos imóveis disponíveis com aluguéis sociais – já foram feitas 91 realocações relacionadas às obras, fora os outros 37 que a prefeitura custeia na cidade (o valor é de até R$ 442,55 por imóvel locado). Segundo a Habitação, as alternativas vão se esgotando.
Quem será contemplado
Como as residências estarão sob os princípios do Minha Casa, Minha Vida, a família financiará o imóvel, custeando 5% do valor da renda. A indicação das pessoas a ocuparem os imóveis será feita pela Secretaria de Habitação. A União doará a área do condomínio ao município, mas para isso é necessário a retiradas das famílias. Após, o município deverá elaborar o projeto do condomínio, viabilizando a liberação dos recursos federais na ordem de R$ 6 milhões para as cem novas casas.
A princípio serão contempladas, pelo condomínio, as famílias do bairro Ferrovia em situação de ocupação irregular. Uma das casas provisórias já está pronta, com os pertences dos moradores já transportados. A segunda está em construção, e o banheiro da terceira, praticamente pronto.
Primeiros beneficiados
O casal Márcio José Barbosa de Campos, 37 anos, carpinteiro, e Juliana de Oliveira, 22, dona de casa, com a filha, de 2 anos, ocupam a área da União há quatro anos, na rua Major Bibiano Rodrigues de Lima, e veem como boa alternativa a prefeitura ajudar a resolver o problema da irregularidade habitacional. “A gente é pobre, não tem casa e nem banheiro. Quando precisamos vamos até a casa do tio do meu marido, que é aqui perto. Nossa renda é de um salário apenas, além dos R$ 200,00 do Bolsa-Família”, conta Juliana. Nesta quarta-feira (30) a família estava desmanchando a casa antiga e já preparados para ocupar a moradia provisória.
 

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