terça-feira, 23 de abril de 2013

DIA DO LIVRO

A história do livro compreende uma série de inovações realizadas por diversos povos no intuito de gravar o conhecimento e passá-lo de geração em geração. O mundo não seria o mesmo se os povos não pudessem conhecer as ideias de seus antepassados. Um bom exemplo é a filosofia, que até hoje é calcada nas letras escritas por filósofos da antiga Grécia e Alemanha do século XIX e XX.
Durante a antiguidade, a primeira forma encontrada para gravar o conhecimento foi escrevendo-o em pedra ou tábuas de argila. Após algum tempo, surgiram os khartés, que eram cilindros de folhas de papiro fáceis de transportar. A inovação seguinte foi o pergaminho, que em pouco tempo substituiu o papiro. O pergaminho era feito com peles de animais (ovelha, cordeiro, carneiro, cabra) e nele era possível escrever com maior facilidade.
Uma de suas vantagens em relação aos outros suportes para escrita era sua durabilidade. A origem do pergaminho remete à cidade grega de Pérgamo, onde foi inventado e levou o nome de seu local de origem. Outra alteração desta época foi o fim do “volumen”, que era um rolo, pelo códex, que apresentava páginas compiladas. O surgimento do códex deu-se na Grécia como uma forma de codificação das leis. Após algum tempo, foi melhorado pelos romanos. Também chamada de códice, esta nova forma de apresentação das informações fez com que o livro começasse a ser visto com um objeto, uma obra. Além disso, diversos estudiosos apontam o códice como peça fundamental na distribuição da informação.
Já no final da Idade Média, outra invenção foi de extrema importância para a difusão dos livros como objetos e como sinônimos de conhecimento: a impressão. No início, a impressão era feita da seguinte forma: o conteúdo de cada página era gravado em blocos de madeira, que após serem mergulhados na tinta, eram colocados sobre o papel, produzindo várias cópias.
Muito se fala sobre a importância de Johannes Gutenberg para na história do livro. Realmente, ele foi fundamental para a difusão da leitura no mundo, mas a invenção da máquina impressora de tipos móveis já havia ocorrido na China por Pi Sheng e, segundo alguns historiadores, a "prensa" já existia em outras partes do mundo. O mérito de Gutenberg foi a criação de um processo de impressão em série, fazendo com que novos livros surgissem com mais rapidez. Na verdade, ele inovou o processo, criou tipos, procurou as pessoas influentes para a difusão de suas ideias e deu início à revolução cultural moderna. Além de Sheng e Gutenberg, outra figura importante para a história do livro foi o italiano Aldus Manutius, que modernizou o projeto tipográfico, hoje conhecido como design editorial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Professor do Sistema Municipal de Educação participará de curso no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares

  Professor da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Fausta Rath, Filipe Borges Barbosa foi o único catarinense selecionado para partic...