sábado, 1 de fevereiro de 2014

Rodoviários não aceitam acordo e greve continua em Porto Alegre


Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
Uma assembleia feita pelos rodoviários de Porto Alegre (RS), no final da tarde de hoje (31), manteve a postura de deixar todos os ônibus nas garagens durante a greve, iniciada na última segunda-feira (27). A decisão dos trabalhadores vai contra um acordo assinado ontem (30) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O acordo garantia metade da frota nas ruas ainda hoje e 100% dela a partir de sábado pelos próximos 12 dias.
O acordo foi assinado por integrantes da comissão de negociação e do sindicato. Os trabalhadores, no entanto, não concordaram com o combinado, que foi assinado sem uma assembleia prévia. “Eram cerca de mil trabalhadores do lado de fora do tribunal. E quando a comissão de negociação levou o acordo para os trabalhadores, eles não aceitaram”, explicou a assessoria do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre.
A sexta-feira foi o quinto dia de greve rodoviários. As negociações, no entanto, estão estagnadas. De acordo com o gerente executivo do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre, Luiz Mário Magalhães, as conversas só terão início quando for cumprido o acordo assinado no TRT.
Na última segunda-feira, os rodoviários da capital gaúcha cruzaram os braços e apenas 30% da frota saiu para atender a população. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Porto Alegre, as principais reivindicações são redução da carga horária para seis horas diárias, aumento do vale-refeição para R$ 20 por dia, reajuste salarial de 14% e o fim do banco de horas.
A prefeitura da cidade, porém, considerou insuficiente a quantidade de ônibus na rua e solicitou ao TRT um aumento da frota. O tribunal, então, determinou que 70% da frota rodasse em horários de pico e, nos demais horários, 30% dos ônibus deveriam atender à população. Os rodoviários, no entanto, decidiram não cumprir a determinação judicial.
Mesmo  havendo uma multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento, nenhum ônibus rodou em Porto Alegre a partir da tarde de quarta-feira (29). Hoje (31), o valor da multa aumentou para R$ 100 mil.
Ônibus foram depredados na quarta-feira. Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus, eram funcionários que não aderiram à greve e tiveram os veículos vandalizados nas ruas. Foram 22 ônibus quebrados. A assessoria do Sindicato dos Rodoviários condenou os atos de violência. “O pessoal do sindicato não foi. Não lidamos com vândalos”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Professor do Sistema Municipal de Educação participará de curso no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares

  Professor da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Fausta Rath, Filipe Borges Barbosa foi o único catarinense selecionado para partic...