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terça-feira, 2 de setembro de 2025

7 erros comuns ao trabalhar folclore na escola e como evitá-los

 
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O que chamamos folclore está muito mais perto de nós do que imaginamos e se revela em rituais do dia a dia: está presente nas cantigas de ninar, nas receitas de chás feitos com ervas do quintal e nas histórias sobre a “loira do banheiro” ou na crença de que uma vassoura atrás da porta pode afastar visitas indesejadas. 

Folclore é definido como o conjunto de conhecimentos e práticas culturais de um povo, transmitido de geração em geração, mas isso não significa algo antigo nem estático, ele é uma tradição viva e em constante transformação. 

Para o jornalista e pesquisador Andriolli Costa, há uma má compreensão do que é folclore, o que prejudica não apenas o seu ensino, mas também a própria relação que as pessoas têm com os saberes tradicionais das culturas populares. 

Ele argumenta que se o conjunto de conhecimentos e práticas culturais de um povo é compreendido socialmente como sinônimo de mentira, falsidade, saber pré-científico, eles acabam sendo desprezados, e quando esse entendimento é replicado para os mesmos grupos sociais que experienciam e promovem fatos folclóricos, esses grupos são também menosprezados. 

“Quem vai querer se associar ao folclore se ele é visto como mentiroso, exótico, irreal, anacrônico? Essa é a grande questão”, defende o pesquisador. “Precisamos ter um entendimento de folclore como fonte de  conhecimento, potência transformadora, valor simbólico, sensível, afetivo, que diz respeito a identidades sociais. E não adianta trocar a palavra folclore por cultura popular, cosmogonia ou epistemologia, se a gente não mudar a forma de pensar o folclore.” Ele afirma que o importante é a compreensão de que esses saberes tradicionais têm poder e lugar. 

Construção de identidades

Vanessa Martins, que leciona para turmas de 1º ano do Ensino Fundamental, na rede pública de São Luís (MA), tem a mesma opinião. “É preciso trabalhar o folclore como uma construção de identidade das nossas crianças, porque ele é justamente isso: o conjunto cultural de um povo. Hoje, esse ensino está limitado a personagens que só são lembrados no mês de agosto. É preciso romper essa barreira”, diz.  

Para Marcos Souza, professor de Geografia dos Anos Finais e Ensino Médio, em Aracaju (SE),  é preciso desmistificar a ideia de que folclore é coisa do passado e fazer com que os estudantes percebam como isso faz parte da construção dos hábitos e costumes dos brasileiros. “O folclore é vivo”, frisa. 

Principais equívocos ao trabalhar folclore

Souza pensa que o maior equívoco que pode ser cometido é não pesquisar outras manifestações culturais além das que já estão no livro didático. “Pois o folclore está muito atrelado às culturas populares e, com isso, devem, sim, ser feitas pesquisas continuamente para ampliar o repertório em sala de aula.”

Confira outros erros que devem ser evitados:

1. Entender folclore como mentira

Andriolli acredita que o principal equívoco é tratar o assunto como fenômeno de mentiras. “É um grave problema e a gente encontra exemplos disso quando, por exemplo, o professor conta uma história de assombração e as crianças brincam de sentir medo. Às vezes, não estão com medo, é só pelo jogo, mas o professor diz que aquilo tudo é mentirinha.” 

Mesmo que seja para apaziguar a turma, a mensagem que ele passa é de desimportância. Andriolli defende usar as narrativas que fazem parte do nosso folclore como chave de leitura para a sociedade. 

“A lenda do Negrinho do pastoreio, por exemplo, abre caminho para pensar e discutir racismo. Histórias da mula-sem-cabeça podem servir para falar sobre gênero e controle do corpo feminino.” Ele acredita que, dessa forma, é possível trabalhar o folclore de maneira contemporânea, sem colocá-lo em uma caixa de mentiras.

2. Não considerar as regionalidades

Vanessa considera um equívoco tratar os personagens folclóricos como se todos fossem referências nacionais. 

“Aqui (São Luís (MA), personagens como Curupira, o protetor da floresta, ou Iara, a guardiã das águas, são figuras conhecidas pelas crianças, mas o Negrinho do Pastoreio, muito popular no Rio Grande do Sul, não circula tanto, assim como a Cuca", explica.

Na opinião de Souza, para evitar equívocos, os professores precisam fazer uma curadoria de forma holística sobre as culturas populares do Brasil. “É preciso manter contatos com pessoas pertencentes a essas culturas, para que os professores ampliem seu repertório e despertem em seus estudantes a importância da valorização cultural.”

3. Reduzir o assunto a mitos e lendas

Restringir o folclore a sinônimo de mitos e lendas é outro engano cometido nas escolas, acredita Vanessa. “As histórias e os personagens folclóricos carregam em si uma verdade simbólica, afetiva”.

A professora alerta para o perigo dessa abordagem superficial que, em vez de educar e expandir o conhecimento, apenas repete o óbvio e limita a compreensão sobre o tema. 

"Folclore são todos os elementos transmitidos pela tradição que constroem a identidade de um povo, e a definição de 'povo' pode ser muito ampla. Nos Estados Unidos, por exemplo, se estuda o folclore de forma compartimentada. Folclore surdo, queer…", explica Andriolli. Isso mostra que o folclore também se manifesta em grupos com identidades e tradições próprias.

Andriolli usa a metáfora da árvore para explicar as ramificações do assunto. Assim, as raízes representam a tradição e entre seus vários galhos está a literatura oral, onde moram as narrativas, os contos populares, as cantigas de roda, e todos os elementos que estão ligados à performance à poética oral. 

“Mas temos ali outros componentes, como pratos típicos, danças populares e festas regionais. Todos são elementos de tradição e de valorização folclórica.” E completa: “É fascinante olhar para a história do saci, mas é importante entender que desse mesmo substrato também é feita a ideia da proteção oferecida pela espada de São Jorge na frente da sua casa, a cantiga de ninar que a sua mãe cantava ou o chá de quebra-pedra para os problemas renais.”

4. Concentrar o tema apenas no Dia do Folclore

Pesquisador e professores concordam que outro problema grave é concentrar o assunto folclore no mês de agosto. “O ideal seria que a gente convidasse as pessoas a pensar em folclore o ano inteiro, porque ele é parte do nosso cotidiano, ele é presença, constância, identidade, familiaridade", diz Andriolli. Vanessa também acredita que abrir espaço para esse trabalho durante todo o ano letivo é muito mais rico e complexo.

5. Não dar espaço para as vivências dos alunos

Outro ponto apontado por Vanessa é como o tema é trabalhado em sala de aula. “Não adianta apresentar desenhos prontos para os alunos pintarem, sem que haja uma contextualização, sem fazer com que a criança pense ou exercite seu lado criativo.” 

Ela diz que conta uma história, apresenta referências, e conversa com a classe porque as crianças trazem mais elementos, a partir da vivência delas. A professora diz que gosta de trabalhar com releituras, por isso, mostra imagens e os convida a serem protagonistas no processo e a vivenciar a experiência: “o artista é você, como você desenharia esse personagem?” 

6. Tratar as manifestações como simples superstição

Vanessa aponta que é preciso cuidado para não tratar a questão do folclore como algo raso. “É necessário realmente se aprofundar na temática, e não tratar como superstição ou com preconceito as manifestações populares.” 

Nesse caso, segundo ela, há um trabalho importante de abordar com respeito  às religiosidades por meio da história, de forma realmente consciente e com intencionalidade pedagógica.

7. Ensinar folclore como algo só do passado 

Andriolli acredita que para mudar a mentalidade de como o folclore ainda é tratado é necessário convidar os professores a novas abordagens.  Ele cita uma experiência de conscientização ambiental feita numa escola no Paraná. 

A atividade tinha o objetivo de conscientizar sobre a proliferação da dengue e envolveu o Saci como protagonista. A mensagem trabalhada foi que, ao bagunçar as coisas, o Saci virava os pratinhos que armazenavam água depois da rega, dificultando a reprodução dos mosquitos de dengue que, assim, sumiram da escola. 

“Este é um exemplo de como vincular a narrativa com uma ação prática e atual, e ver que as coisas não estão afastadas do mundo. É possível construir outros sentidos para algo presente na vida da pessoa. Folclore é conhecimento.”

Como propor boas atividades de folclore

Na opinião do jornalista e pesquisador Andriolli Costa, para mudar a mentalidade de como o folclore ainda é tratado em sala de aula é necessário convidar os professores a aderir a ideia de que esse estudo é dinâmico, mostrando a eles que, quando esse olhar é ampliado, gera possibilidades de enriquecimento na formação cidadã dos alunos.

“Ao fazer isso, nós encontramos um caminho para pensar o tema de maneira extremamente complexa, com entroncamentos entre cultura e sociedade, cultura e história, cultura e biologia, cultura e ciência, cultura e matemática, enfim, é possível fazer esse vínculo com outras áreas.” 

Números e tradições

Ele cita o livro O Folclore da Matemática, do professor Júlio César de Mello e Souza, cujo pseudônimo era Malba Tahan, que fala como usamos a Matemática no dia a dia de forma prática e cultural. 

“Nesse livro, ele tenta entender como é a nossa relação com números: o que  significa o um, o que que é o sete da perfeição ou o 13 da superstição?”.  É um conhecimento numérico passado adiante não por fórmulas ou livros didáticos, mas de forma oral ou como as medidas nas receitas de família, que recomendam “uma pitada” ou “o equivalente a dois dedos de altura", revelando uma relação com os números que é intuitiva, prática e profundamente humana.

Resistência popular

Por outro lado, Andriolli cita o folclore também como manifestação de resistência, por exemplo, como acontecia durante a Ditadura Militar (1964-1985), no Brasil, quando a população de um bairro ou de uma cidade castigava simbolicamente seu governante malhando um boneco, o Judas. “Então também tem um lado de pensar as culturas populares como resistência, porque isso não interessa a um governo autoritário.”

Realidade do entorno

Para Vanessa Martins, que leciona na rede pública de São Luís do Maranhão, para mudar a chave no ensino do folclore é preciso investir na boa formação dos professores, em leituras e em atividades mais dinâmicas e interessantes para as crianças. 

Vanessa conta que fez uma caminhada diagnóstica com seus alunos do 1º ano, no fim do semestre passado, em uma comunidade de pescadores que fica perto da escola onde leciona.  Na trilha, as crianças se impressionaram com a quantidade de lixo no entorno da escola e nas margens do canal. 

O intuito da caminhada foi abrir caminho para apresentar a Iara, protetora das águas, e desenvolver a consciência ambiental, tema que será abordado neste segundo semestre. “Não é só apresentar os personagens do folclore de forma aleatória, mas conhecer com sentido e dar significado para eles.”

Manifestações locais

Marcos Souza, que leciona Geografia em Aracaju (SE), defende práticas como estudo dirigido sobre manifestações culturais do município, estado e outras regiões do Brasil, a organização de exposição e atividades com representantes de grupos folclóricos são formas de trabalhar o tema de maneira crítica em sala de aula. 

Como material didático, Souza sugere o uso de audiovisuais de grupos culturais com canal no YouTube, por exemplo. “O professor pode mostrar o vídeo em aula ou entregar e fazer uma análise com os estudantes e em seguida produzir cartazes e/ou cordéis sobre o tema, ou ainda entregar um QR Code aos estudantes, pedir que assistam ao vídeo em casa, que façam resumo e na aula seguinte a classe debate e faz um mural colaborativo com o resultado para expor na escola.”

Republicação do site Nova Escola


Carteira nacional do professor será entregue em outubro, anuncia MEC

 

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta segunda-feira (1º) que a entrega da Carteira Nacional de Docente no Brasil (CNDB) ocorrerá a partir de outubro, mês em que é comemorado o Dia do Professor.

Camilo Santana comemorou a aprovação em regime de urgência, pela Câmara dos Deputados, no último dia 19, do Projeto de Lei (PL) 41/2025, que autoriza a criação do documento, com validade em todo o território nacional.

“Com a aprovação da Carteira Nacional de Docente no Brasil, o Congresso Nacional reconhece a profissão mais importante da nação, que forma os médicos, advogados e todos os outros profissionais do nosso país”, destacou o ministro, em vídeo publicado nas suas redes sociais.

O projeto de lei aguarda sanção presidencial e deve ser assinado em 15 de outubro, de acordo com Camilo Santana.

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Vantagens

novo documento, emitido pelo Ministério da Educação (MEC), dará aos professores descontos em eventos culturais, como cinema, teatro e shows.

O ministro adiantou que cada profissional com a Carteira Nacional de Docente no Brasil terá acesso a um cartão de crédito vinculado à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil, sem pagamento de anuidade.

“Vamos anunciar em outubro, que é o mês do professor, várias outras vantagens. Será a sanção da lei, a entrega das carteiras, para que a gente possa reconhecer a importância do papel do professor em um país, em uma nação.”

Camilo Santana destacou que a carteira dará ao professor o direito de aproveitar o desconto de 15%, exclusivo a esses profissionais, nas tarifas de diárias de hotéis, a partir da parceria firmada entre a pasta e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional).

Cadastro

A Carteira Nacional de Docente no Brasil é um documento de identificação destinado, exclusivamente, aos professores da educação pública e privada nas esferas federal, estadual e municipal.

Para a emissão da carteira, o professor deve preencher seu cadastro no site do Programa Mais Professores para o Brasil. Os interessados já podem usar a conta da plataforma Gov.br com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha cadastrados.

O site do programa avisa que as informações serão verificadas por meio das bases de dados do governo federal, como os registrados na Receita Federal do Brasil, e do cadastro do Censo Escolar.

Ao se cadastrar, o professor deverá indicar o tipo de vínculo de docência, além do município e da unidade da federação onde atua.

O prazo de emissão da nova carteira dependerá da disponibilidade dessas informações.

Pelo projeto de lei aprovado no Congresso, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem informar os dados necessários para a manutenção e a atualização da base de dados de profissionais da educação.

A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de valorização e qualificação do magistério da educação básica, bem como de incentivo à docência no país.

Agência Brasil




MEC lança curso sobre financiamento para a equidade

 

 0 Ministério da Educação (MEC) lançou, nesta terça-feira, 2 de setembro, o curso Financiamento e Gestão Financeira para a Equidade na Educação Básica, de 80 horas, no Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (Avamec), uma parceria entre a pasta e a Universidade Federal de Goiás (UFG). Com carga horária de 80 horas, a formação é dividida em 10 módulos autoinstrucionais de 8h, que serão disponibilizados sequencialmente.

O público-alvo são profissionais da educação de redes municipais e estaduais, gestores públicos, especialistas e pesquisadores. Com exemplos práticos que situem os educadores sobre a complexidade da tomada de decisão e da alocação de recursos, os conteúdos visam conectar o arcabouço legal e as características do atual sistema de financiamento da educação às possibilidades reais de promover maior equidade na educação brasileira, tanto em função do redesenho dos mecanismos quanto a partir das decisões cotidianas dos gestores educacionais. 

O curso foi lançado durante seminário sobre o mesmo tema, organizado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi). Com transmissão ao vivo pelo canal do MEC no YouTube, o encontro abordou as condições de oferta e os incentivos decorrentes das regras de financiamento, bem como as práticas mais eficientes, eficazes e equitativas na alocação dos investimentos educacionais.  

Na abertura do evento, a secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão, Zara Figueiredo, afirmou que é preciso mudar a atual estrutura do financiamento da educação para garantir a equidade na distribuição dos recursos. “Dificilmente, você encontra pessoas negras e indígenas discutindo financiamento. E, no momento que a gente tem fatores maiores de ponderação do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] para indígenas, quilombolas, e para o campo, as pessoas têm que deixar de ser apenas objeto da política. Elas precisam ser os sujeitos da política e isso significa compreender quais são as dinâmicas de financiamento”, destacou. 

Segundo ela, o financiamento precisa ser promotor da equidade e induzir alteração de comportamento dos gestores. “O primeiro ponto para repensar o financiamento da educação parte do pressuposto de que financiamento não é um dinheiro com que você paga coisas, simplesmente, como luz e água. Para pensar no financiamento como promotor da equidade, precisamos pensar nele como um indutor de alteração do comportamento das instituições”, explicou. 

Durante o seminário, que se estende ao longo desta terça-feira, os participantes poderão trocar experiências sobre a situação atual do uso de recursos em suas redes e escolas e propor novos planos de ação que se relacionem à promoção da equidade educacional.  

Álbum de fotos 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi 

Categoria
Educação e Pesquisa


Último mês para inscrições na Olimpíada de Eficiência Energética

 

Ação apoiada pela Celesc busca engajar estudantes do 8º e 9º ano

As inscrições para a 2ª edição da Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE) seguem abertas até 30 de setembro. A competição é destinada a professores e alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental e estimula o conhecimento sobre o uso consciente da energia elétrica.

Promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a iniciativa conta com o apoio da Celesc e de outras distribuidoras do país, ampliando o alcance da educação para a sustentabilidade. A ONEE já impactou milhares de estudantes e, em 2025, busca engajar ainda mais escolas de Santa Catarina e de todo o Brasil.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site oficial: www.onee.org.br

Mais informações
Assessoria de Comunicação da Secretaria da Educação
(48) 3664-0000


Cultura surda em destaque: Lages recebe Sarau Literário em Libras

 

Evento gratuito valoriza a inclusão e a história da Serra Catarinense

Nesta quarta-feira (3 de setembro) Lages será palco de um evento que une literatura, identidade cultural e inclusão. O Sarau Literário em Libras acontecerá às 19h, no auditório da Fundação Cultural de Lages (FCL), com entrada gratuita para toda a comunidade.

O evento é realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por intermédio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recursos financeiros do Governo Federal e da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), e conta com o apoio da FCL. Organização do escritor e professor, Glauber Lima, e da intérprete de Libras, Greice Silveira.

Entre as atrações está a apresentação da história bilíngue “A gralha azul que não sabia cantar”, conduzida pela professora surda, Patrícia Lozeyco. A narrativa terá como língua principal a Libras, com tradução simultânea para o português, permitindo que ouvintes e pessoas surdas compartilhem a mesma experiência cultural. “Este gesto simbólico ajuda a perceber a importância do acesso à cultura para todos”, reforçam os organizadores.

Além da valorização da língua de sinais, o Sarau celebra elementos históricos e culturais da Serra Catarinense, como a gralha azul, o pinheiro araucária, a Festa Nacional do Pinhão e o inverno lageano, fortalecendo laços de pertencimento e inclusão. 

 

Serviço

O quê: Sarau Literário em Libras

Quando: Quarta-feira, 3 de setembro, às 19h

Onde: Auditório da Fundação Cultural de Lages (FCL)

Entrada: Gratuita

Realização: Glauber Lima e Greice Silveira

Apoio: Governo de Santa Catarina, Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Governo Federal (Política Nacional Aldir Blanc - Pnab) e Fundação Cultural Lages (FCL) 

Texto: Rafael Araldi

Arte: Divulgação

 


Prefeitura instala novo modelo de semáforo gradativo entre as avenidas Duque de Caxias e Belisário Ramos

 

Objetivo é melhorar a fluidez do trânsito e permitir diversas programações conforme o fluxo de veículos destacando o compromisso com a mobilidade urbana

A Prefeitura de Lages, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano (Seplam), instalou um novo modelo de semáforo com luzes gradativas no cruzamento da Avenida Duque de Caxias com a Avenida Belisário Ramos, uma das áreas de maior fluxo de veículos da cidade. O projeto visa substituir os semáforos com contadores regressivos, aqueles que exibem uma contagem numérica até a troca de sinal, por um modelo gradativo com transição visual suave entre as luzes, o que permitirá maior flexibilidade na gestão do tráfego.

A prefeita Carmen Zanotto reforça que a iniciativa faz parte de um esforço por uma mobilidade urbana mais eficiente. “Esse novo modelo é mais moderno e compatível com os planos semafóricos que queremos implantar na cidade. Com ele, podemos adaptar o tempo de abertura e fechamento conforme o fluxo de veículos ao longo do dia, baseado em contagens previamente realizadas, melhorando a mobilidade urbana”, salienta a prefeita.

O secretário de Planejamento Urbano, Malek Ráu Dabbous, comenta que os semáforos com contadores regressivos apresentam falhas recorrentes. "Quando há queda de energia, o sistema entra em modo intermitente e, ao retornar, se perde na contagem, causando confusão aos motoristas. Além disso, a contagem fixa não permite alterações nos planos semafóricos durante o dia, o que é essencial para adequar o tempo de sinal conforme o movimento", detalha o secretário.

O diretor de Mobilidade Urbana da Seplam, Ricardo Fonseca Nerbass, destaca que os desafios no trânsito acompanham o crescimento da cidade. “Precisamos de soluções que acompanhem esse crescimento. Essa transição para semáforos mais modernos é um exemplo de como estamos investindo em tecnologia para melhorar a vida das pessoas”, explica.

Após a instalação, será realizada uma fase de testes operacionais com monitoramento do fluxo de veículos. Com isso, os planos serão calculados e ajustados através de contagens e observações pela equipe técnica conforme a necessidade em diferentes horários do dia. A ideia é implantar gradualmente o novo sistema em outros pontos estratégicos da cidade, a depender dos resultados observados na fase de testes.

Texto: Samuel Gonçalves
Fotos: Fábio Pavan


Lei Lucas: mais de 1.600 profissionais de escolas municipais participaram do curso de primeiros socorros

 

Formação ministrada pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ensina na prática como agir em situações de emergências

Prefeitura de Lages, por intermédio das secretarias da Saúde e da Educação, e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), finalizou a formação em primeiros socorros para profissionais das escolas municipais. A capacitação aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Educação, durante os meses de abril a agosto de 2025.

O curso ministrado pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve como objetivo formar profissionais em primeiros socorros, para que possam agir de forma rápida e adequada em situações de emergência, aumentando a segurança e a resposta imediata no ambiente escolar.

Desde abril, quando a capacitação foi iniciada nas escolas, mais de 1.600 profissionais de educação passaram pela formação, que engloba escolas de todas as regiões da cidade, e seus profissionais, como: diretores, vice-diretores, orientadores pedagógicos, professores, merendeiras, auxiliares, entre outros.

A formação foi realizada com base na Lei Federal nº: 13.722/2018 (Lei Lucas), que torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. O documento recebeu o nome do garoto Lucas Begalli Zamora, de dez anos, que sofreu um engasgo com o lanche durante um passeio escolar, em São Paulo, acidente infelizmente fatal, em setembro de 2017. O intuito principal da Lei é garantir a segurança das crianças e adolescentes em ambientes educacionais, ao capacitar os profissionais a lidar com emergências.

As capacitações foram realizadas em formato de oficinas práticas, com orientações sobre: desengasgo (manobra de Heimlich), OVA CE (obstrução de vias aéreas por corpo estranho), Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) — com foco em minimizar danos à pessoa socorrida até atendimento especializado — queimaduras, síncope, controle de hemorragia, trauma e crise convulsiva.

O coordenador e instrutor do Samu, Waldemir Ricardo da Silva, destacou que participar deste projeto foi essencial para fortalecermos a atuação rápida e segura em emergências dentro das escolas. “As oficinas práticas permitiram que professores e funcionários aprendessem manobras de desengasgo, OVACE/ RCP e medidas de primeiros socorros com confiança, reduzindo o tempo de resposta e aumentando a segurança dos alunos. Observamos aumento da competência operacional da equipe escolar, maior tranquilidade para agir em situações críticas e melhor integração com o serviço de atendimento móvel”, afirma.

Uma das professoras capacitadas foi Claudia Simão de Oliveira, da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Bom Jesus, que ressalta a importância da participação, “Participar das oficinas de primeiros socorros foi uma experiência transformadora, ganhei confiança para coordenar ações para atendimentos imediatos, reduzindo o tempo de resposta e aumentando a segurança dos alunos”, conclui.

A Prefeitura de Lages agradece a todos os profissionais da saúde envolvidos e aos educadores pelo reconhecimento e por esse gesto de cuidado e compromisso com a vida dos estudantes lageanos.

 

Texto e fotos: Silvana Mateus


Banco do Emprego disponibiliza 337 vagas de trabalho em diversos setores

 


A Secretaria da Indústria, Comércio e Inovação está localizada na rua Manoel Thiago de Castro, nº 258, Centro, nas proximidades da Igreja Santa Cruz

A Prefeitura de Lages, por meio da Secretaria da Indústria, Comércio e Inovação, setor Banco do Emprego, atualizou nesta terça-feira (2 de setembro) a relação das vagas de emprego disponíveis.  Ao todo são 337 vagas, incluindo oportunidades para as pessoas com deficiência (PCD).

O serviço, que atua como um elo entre empregadores e profissionais, tem contribuído para ampliar o acesso ao mercado de trabalho e fomentar a economia local. As vagas contemplam setores como comércio, indústria, serviços e construção civil, com oportunidades para diferentes níveis de experiência e escolaridade.

Os interessados em conquistar uma vaga devem comparecer ao Banco do Emprego portando documento oficial com foto, carteira de trabalho física ou digital e comprovante de residência. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

A Secretaria da Indústria, Comércio e Inovação está localizada na rua Manoel Thiago de Castro, nº 258, Centro, nas proximidades da Igreja Santa Cruz. Informações adicionais podem ser obtidas pelos telefones 3224-0600 e 3224-0700, setor Banco do Emprego.

Confira as principais oportunidades:

- Auxiliar de Cozinha

- Pedreiro

- Operador de Empilhadeira

- Serviços Gerais

- Vistoriador Veicular

- Recepcionista

- Trabalhador Rural

- Motorista Carreteiro

- Promotor de Vendas

- Mecânico

- Eletricista Automotivo 

- Técnico de Informática

- Servente de Obras

- Técnico de Segurança do Trabalho

- Coordenador de Almoxarifado

- Costureiro (a)

- Auxiliar Administrativo 

- Cozinheira (o)

- Tratorista

- Auxiliar de Estoque

 

Texto: Aline Tives

Arte: João Francisco C