Pelo menos seis quilos mais magra no primeiro pronunciamento do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff abriu sua fala no Congresso Nacional ressaltando conquistas dos 12 anos de governo petista na Presidência.
Citando o "extraordinário trabalho" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o projeto nacional do qual faz parte levou à retirada de 36 milhões de brasileiros da miséria, ascensão de grande parte da população à classe média, acesso a emprego, ensino técnico e universitário. "Temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome", disse a presidente.
No início do discurso, Dilma disse ter voltado à Casa para assumir o segundo governo com "a alma cheia de alegria, de responsabilidade, de esperança", citou também seu papel em representar a "mulher brasileira". "Encarno o projeto de nação detentor do mais profundo apoio popular", disse.
Segundo ela, o projeto de nação detentor do apoio mais duradouro da história democrática triunfou e nunca tantos brasileiros ascenderam à classe média e conseguiram emprego. "É para o povo brasileiro e com o povo brasileiro que vamos governar."
Dilma também repetiu a mensagem, repetida ao longo da campanha, de que nunca se apurou e puniu com tanta transparência a corrupção. Disse ainda que nunca o País viveu um período tão longo de estabilidade, sem crises institucionais.
Por Tânia Monteiro - Brasília
Manifestante é retirado da Praça dos Três Poderes
Um manifestante contrário à reeleição da presidente Dilma Rousseff foi retirado por policiais militares do centro da Praça dos Três Poderes, onde se concentram nesta tarde militantes do PT para assistir à posse da petista.
Aos gritos de "Dilma corrupta", o manifestante, sozinho, foi levado por policiais para fora da praça. Os policiais pediram a saída do manifestante após petistas começarem a reagir às provocações.
Por Beatriz Bulla - Brasília
Dilma ressalta conquistas dos 12 anos de governo petista no País
No primeiro pronunciamento do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff abriu sua fala no Congresso Nacional ressaltando conquistas dos 12 anos de governo petista na Presidência.
Citando o "extraordinário trabalho" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o projeto nacional do qual faz parte levou à retirada de 36 milhões de brasileiros da miséria, ascensão de grande parte da população à classe média, acesso a emprego, ensino técnico e universitário. "Temos hoje a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome", disse a presidente.
No início do discurso, Dilma disse ter voltado à Casa para assumir o segundo governo com "a alma cheia de alegria, de responsabilidade, de esperança", citou também seu papel em representar a "mulher brasileira". "Encarno o projeto de nação detentor do mais profundo apoio popular", disse.
Segundo ela, o projeto de nação detentor do apoio mais duradouro da história democrática triunfou e nunca tantos brasileiros ascenderam à classe média e conseguiram emprego. "É para o povo brasileiro e com o povo brasileiro que vamos governar."
Dilma também repetiu a mensagem, repetida ao longo da campanha, de que nunca se apurou e puniu com tanta transparência a corrupção. Disse ainda que nunca o País viveu um período tão longo de estabilidade, sem crises institucionais.
Por Ana Fernandes e Karla Spotorno - São Paulo
Dilma anuncia o novo lema do governo: Brasil, Pátria Educadora
A presidente Dilma Rousseff divulgou, em seu discurso de posse, o novo lema de seu governo: "Brasil, Pátria Educadora". Ela explicou que a educação será a "prioridade das prioridades" no segundo mandato que começa nesta quinta-feira, 1º. "Só a educação liberta um povo e abre as portas de um futuro próspero", afirmou.
Ela anunciou que a área de educação começará a receber volumes mais expressivos de recursos e que o governo continuará expandindo o acesso a creches e pré-escolas, uma promessa de campanha e também do primeiro mandato. Sobre o ensino técnico, Dilma afirmou que vai dar especial atenção ao Pronatec Jovem Aprendiz.
Dilma aproveitou a solenidade para esclarecer como pretende conduzir as iniciativas sociais iniciadas pelo governo Lula. Ela garantiu aos beneficiários do Bolsa Família que o governo continuará investindo em políticas sociais, dando acesso à população que necessita. "O Brasil vai continuar como país líder em políticas sociais transformadoras", disse.
Outra iniciativa social que mencionou é o programa Minha Casa, Minha Vida. "Com a terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, contrataremos mais 3 milhões de moradias", afirmou.
Dilma também falou sobre o que pretende na área da saúde, onde conduziu em seu primeiro mandato o debatido programa Mais Médicos. "Na saúde, reafirmo o compromisso de fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde). Persistiremos ampliando vagas em formação e residência para termos mais médicos", afirmou a presidente em seu discurso de posse nesta quinta-feira.
Portaria
O lema Brasil, Pátria Educadora surge na semana em que o Palácio do Planalto editou uma portaria alterando as regras de acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o que pode reduzir em 20% o número de beneficiados.
Uma portaria publicada pelo Ministério da Educação (MEC) na última segunda-feira, 29, definiu que a partir de abril será exigida uma pontuação mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para obter acesso ao financiamento. O MEC proibiu também o aluno receba simultaneamente recursos do Fies e bolsa do Programa Universidade Para Todos (ProUni), que concede bolsas integrais e parciais para instituições privadas de ensino superior.
Estimativas da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) apontam que a medida deverá reduzir em 20% o número de jovens beneficiados com as políticas educacionais no setor privado.
Encontros
Dilma começa ainda hoje, em um encontro no final da tarde com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, uma série de encontros bilaterais que marcam o início dos compromissos oficiais de seu segundo mandato.
Logo depois de Biden, Dilma recebe a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova. Amanhã, a presidente começa o dia em encontros com o vice-presidente da China, Li Yuan Chao, e com o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven.
O rápido encontro com Biden, antes do coquetel para convidados no Itamaraty, deverá se concentrar na renovação do convite para que a presidente faça uma visita de Estado aos EUA, possivelmente ainda neste ano.
Nos últimos meses, Biden foi o interlocutor designado por Barack Obama para melhorar as relações com o Brasil depois do escândalo de espionagem da National Security Agency. Em seu discurso de posse no Congresso, Dilma destacou a necessidade de "aprimorar a relação com os Estados Unidos" por sua importância tecnológica, científica e pelo volume de comércio entre os dois países.
Com o primeiro-ministro da Suécia, o tema deve ser também o intercâmbio tecnológico. Depois do contrato bilionário para compra de caças Grippen para a Aeronáutica, os dois países têm um acordo também de transferência tecnológica. O interesse sueco agora no Brasil são, principalmente, mineração, energia renovável, informática e saúde.
Já a diretora-geral da Unesco pedirá ao Brasil apoio para lançar seu nome ao cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas mas, principalmente, pedirá que o Brasil pague sua dívida de R$ 36 milhões com a entidade. Depois de ter sido boicotada pelos Estados Unidos ao aceitar a entrada da Palestina como membro pleno, a Unesco passa por dificuldades financeiras. A dívida brasileira é a maior depois da americana.
Por Nivaldo Souza, Rafael Moraes Moura, Lisandra Paraguassu, Karla Spotorno e Ana Fernandes - São Paulo
"A população viu os resultados do nosso trabalho"
Em seu discurso de posse, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a população brasileira a reelegeu porque viu os resultados de um trabalho, iniciado pelo presidente Lula. "O brasileiro nos passou o recado de que - quer mais e melhor. O recado (dado pelo resultado nas urnas) não foi só de reconhecimento e confiança. A população concluiu que podemos fazer muito mais. Fui reconduzida para continuar as grandes mudanças no País", disse. Dilma acrescentou que o povo brasileiro quer mudanças, quer avançar e concluiu: "Isso eu também quero".
A presidente destacou que renova perante o Congresso Nacional seu compromisso "obstinado" em defender a Constituição Federal, as leis, a liberdade individual, a liberdade de expressão, os direitos humanos. Disse que o ato de posse é, antes de tudo, uma cerimônia de "reafirmação de compromissos".
"Agora é hora de prosseguir com nosso projeto de novos objetivos. O povo brasileiro quer democratizar cada vez mais renda, conhecimento e poder", disse. "É preciso melhorar o que está bom e corrigir o que é preciso."
Dilma também mencionou o desejo da população por mais transparência e combate a todo tipo de crime, especialmente a corrupção. "O povo quer que o braço da justiça atinja a todos de forma igualitária", afirmou. Ela afirmou que, para encarar os desafios, conta com o apoio dos parlamentares, dos movimentos sociais, sindicatos, partidos, do "maior líder popular da nossa história", o ex-presidente Lula e dos militantes do PT e dos partidos da base aliada.
Dilma afirmou ainda que é possível fazer ajustes na economia sem retroceder em direitos ou contrair compromissos sociais já assumidos. Disse que o povo brasileiro quer democratizar "cada vez mais" a renda, o conhecimento e o poder.
Uma das mudanças urgentes citadas pela presidente é realizar uma reforma política profunda. "É urgente e deve mobilizar toda a sociedade", disse. "A reforma política vai fazer com que o brasileiro retome admiração e gosto pela política", afirmou Dilma.
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