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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Preço da carne pressiona alta de prévia da inflação em janeiro


Segundo dados do IBGE, o IPCA-15 registrou alta de 0,89% em janeiro, ante 0,67% registrado em dezembro; em 12 meses, alta registrada chega a 6,69%, acima do teto da meta do governo

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), indicador que tenta antecipa o comportamento dos preços, ganhou força ao subir 0,89% em janeiro, ante variação de 0,79% em dezembro. Em 12 meses, o IPCA-15 registra alta de 6,69%, acima do teto da meta de inflação do governo, de 6,50%.
O maior impacto individual neste mês veio das carnes – que puxaram a alta de 1,45% do grupo alimentação e bebidas; em dezembro, o grupo variou 0,94%. As carnes registraram alta de 3,24%. Outros dois itens exerceram pressão ao grupo: a batata-inglesa (32,86%) e feijão carioca (24,25%).
De acordo com o IBGE, no ranking dos principais impactos, a energia elétrica veio na segunda colocação, com 0,08 ponto percentual e alta de 2,60%. Neste mês de janeiro, em todas as regiões, foi apropriada parte do efeito do Sistema de Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança do gasto com usinas térmicas, que passou a vigorar a partir de primeiro de janeiro. Além da energia, os gastos com Habitação, que subiram 1,23% (ante 0,71%, em dezembro), foram influenciados pelos seguintes itens: aluguel residencial (1,26%); mão de obra para pequenos reparos (0,95%); condomínio(0,81%); e taxa de água e esgoto (0,77%).
O grupo transportes desacelerou de 1,59% para 0,75%, mesmo com alta nos ônibus urbanos (2,85%), intermunicipais (3,89%) e ainda, no táxi (1,08%), conserto de automóvel (2,47%) e etanol (1,27%). O IBGE explica que a desaceleração foi possível porque as tarifas aéreas, que haviam pressionado o índice de dezembro com 42,42%, foram para -4,21 %.
No grupo das despesas pessoais, cujo resultado foi 1,39% (ante 0,71%, em dezembro), o destaque ficou com o item empregado doméstico, que subiu 1,49%, além de outros serviços como cabeleireiro (1,54%) e manicure (1,82%). Além disso, foi registrada variação de 3,02% nos cigarros, reflexo do reajuste praticado pelas indústrias.
Os grupos vestuário, educação e comunicação também subiram. O primeiro passou de de 0,44%, em dezembro para 0,51% em janeiro. O segundo, de 0,10% para 0,30%. E comunicação passou de de -0,08% para -0,04%.
Em trajetória oposta, apresentou desaceleração o grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,46%, em dezembro, para 0,38%, em janeiro). 

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