Cinema é, geralmente, um programa seguro e confortável. Futebol, no Brasil, é justamente o contrário. E o brasileiro leva isso em conta ao escolher onde gastar o seu dinheiro.
Gazeta Press
Baixo público é tônica de Estaduais pelo país. Até nos grandes centros
Os rankings de bilheteria do futebol e das salas de cinema em 2013 provam isso. Segundo dados da 'Pluri Consultoria', os jogos de todos os Estaduais, de todas as séries do Brasileiro, da Copa do Brasil, da Copa Nordeste e das partidas de competições internacionais disputadas no país, renderam R$ 475 milhões. Já nos cinemas, apenas os dez filmes mais rentáveis no país geraram um faturamento de R$ 569 milhões.
Nas telonas, o campeão de bilheterias no Brasil em 2013 foi "Homem de Ferro 3". O longa arrecadou R$ 97 milhões. Mais do que isso no futebol nacional só o Campeonato Brasileiro, que no ano passado arrecadou R$ 176 milhões.
Já outras comparações são cruéis para o futebol. A animação "Meu Malvado Favorito 2", o segundo filme de mais sucesso no Brasil em 2013, teve arrecadação de R$ 80,4 milhões. Somados, os quatro maiores Estaduais do país, Paulista, Carioca, Mineiro e Gaúcho, somaram no ano passado, de acordo com a Pluri, R$ 69 milhões com a venda de ingressos.
O preço médio de um tíquete para as salas de projeção no país é muito menor do que nos grandes campeonatos. No caso de "Homem de Ferro 3", o ingresso médio custou R$ 12,6. Já no Brasileiro do ano passado, o tíquete médio ficou em R$ 31. Assim, o filme de ação norte-americano levou 7,7 milhões de pessoas aos cinemas no ano passado, ou dois milhões a mais do que o principal campeonato do país que se diz o "do futebol".
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