Existe, é o tempo! No mundo em que vivemos, a posição de qualquer ponto do espaço fica bem definida com três dimensões: largura, profundidade e altura. Galileu e Newton criaram a mecânica a partir dessa visão tridimensional do espaço. Para eles, a mudança na posição de um corpo no espaço em relação ao tempo era traduzida pelo conceito de velocidade.
Entretanto, no final do século XIX, os físicos notaram inconsistências entre a mecânica e a teoria do eletromagnetismo que só foram resolvidas pela teoria da relatividade espacial de Einstein, em 1905. Nessa teoria, o tempo torna-se uma dimensão equivalente às coordenadas espaciais. O resultado é chamado de continuidade espaço-tempo. A relatividade tornou-se imprescindível na descrição de corpos que se deslocam a velocidades altíssimas, próximas à da luz (300 000 km/s).
"Mas, no nosso dia-a-dia, as velocidades são muito menores que a da luz e a mecânica de Galileu e Newton, bem como a noção de espaço tridimensional, são aproximações que ainda funcionam", diz Alex Antonelli, do Instituto de Física da Unicamp.
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